Crônica: os carros também falam

Humanidade precisa que objetos "falem"

Animação de carros
Animação gerada. Edição: Lucas Pemasan

Por: Lucas Pemasan
    Sons e barulhos também são uma forma de comunicação. No meio da floresta o que é para alguns um piado qualquer, para outros da mesma espécie é um aviso de perigo, por exemplo. Ou quem sabe um chamado para o acasalamento. Nos centros urbanos objetos também falam.
    A ambulância passa gritando, avisando que precisa chegar a algum lugar. E ela tem pressa. O caminhão faz com seu motor poderoso o som de que está levando algo pesado.
    E as buzinas dizem várias coisas. É quase uma metalinguagem e depende exclusivamente do contexto. No trânsito parado ela significa porventura impaciência. 
    Na porta de casa pode ser uma chamada para os atrasados, ou de que alguém chegou. No meio da rua um aviso aos distraídos. Um avião passando muito baixo é quase ensurdecedor, diz ele que ali perto tem um aeroporto. 
    Convencionou-se durante a história, pela própria necessidade da vida na Terra continuar existindo, dar significados às coisas para se proteger e se organizar. Itens e objetos, sons e cores. Fora do planeta Terra nenhum destes substantivos tem significado. 
    E isso atinge nós humanos com mais intensidade. As leis da física no espaço sideral não reconhecem itens humanos inanimados como linguagem universal aplicável. Isto é próprio e tão somente da nossa espécie. Esta crônica poderia, portanto, ser sobre qualquer outra criação humana que comunicasse qualquer outra coisa. 
    É mais do que um texto sobre veículos. É uma história sobre como a humanidade cria para crescer como civilização. Mas.... quem sabe no futuro os carros não sejam robôs que usam palavras para falar de verdade?

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