Conto ficcional de suspense - Código cifrado parte 2

 A mensagem e o caminho


Mensagem anônima. Código cifrado. O e-mail recebido não poderia ser de ninguém que o conhecesse. Era muito trabalho pra alguém que quisesse até mesmo zoar. Ele então pegou o celular e mandou um áudio a Zezinho que estava acordado àquela hora...
Imagem ilustrativa (Por: Lucas Pemasan)

Por: Lucas Pemasan

    O e-mail recebido não poderia ser de ninguém que o conhecesse. Era muito trabalho pra alguém que quisesse até mesmo zoar. Ele então pegou o celular e mandou um áudio a Zezinho que estava acordado àquela hora:

— Ei cara recebi um e-mail esquisito de um cara com um nome pior ainda. 
Zezinho prontamente respondeu:
— Manda o print da mensagem.
Luís o fez. Compartilhou com seu amigo uma imagem da situação toda. Zezinho respondeu depois de visualizar:
— Cara desencana é algum troll de internet sem ter o que fazer. 
— Não acho que alguém perderia tempo criando enigmas só pra me zoar! 
Disse Luís que ainda seguiu decidido:
— Vou descobrir o que é isso! Eu preciso. 

    Ele começou a inspecionar cada quadrado do e-mail e num canto em letras quase invisíveis tinha mais um código que havia passado despercebido. Rapidamente ele copiou e colou o emaranhado de cifras esquisito no programa de revelar códigos. 

    Para sua surpresa era uma data e um horário com os escritos: DIA 26 DE MARÇO, 22 HORAS ESPERAMOS VOCÊ.O pacote ficou completo com a localização do encontro pedido no e-mail. Luís ligou imediatamente para Zezinho propondo que os dois fossem juntos ao local na data e hora marcadas. Ele topou mesmo rodeado por receios.

 A DATA

    Chegado o dia e próximo da hora os dois amigos se encontraram. Entraram no carro de Luís e seguiram rumo ao destino. A distância da casa dele até o local indicado marcava 10 km no GPS do veículo. Percorrendo as ruas, saíram da cidade e passaram a uma rodovia, depois a uma estrada de mão dupla pavimentada.

    Da estrada asfaltada o carro com os rapazes entrou à direita, seguindo as indicações do GPS. O caminho estreito era uma rua de terra e pedregulhos, onde só havia o silêncio noturno e muitas árvores. 

    Era uma noite fria e havia chovido uma garoa fina durante o dia. Pouco mais de meia hora depois de terem saído, eles chegaram. Marcava 21H47 no relógio dos smartphones. Nenhum sinal de telefonia e internet era exibido nas telas. O lugar era estranho. Uma cabana, um chalé estilo Bruxa de Blair, onde aparentemente ninguém pisava há muitos anos. 

    Ouvia-se o piar de corujas que àquela hora estavam no despertar de suas atividades.
—Olha pra isso! Não tem nem sinal de vida, acredito que em quilômetros! Disse Zezinho já muito impaciente. 

    Luís bateu à porta. Ninguém respondeu. Ele já não acreditava que alguém apareceria então resolveu entrar. Puxou Zezinho que foi à contragosto e sentia calafrios só de olhar o aspecto daquele casebre empoeirado, esburacado, amarronzado, sem cor... sem vida.

    Nheeeeeeeeeec! Fez o som da porta se abrindo, como só as piores portas poderiam fazê-lo. O lugar não tinha luz. Tudo o que viam era iluminado pelas lanternas dos celulares.
21h51. Nada. Nenhum barulho de carro ou de alguém se aproximando... será que estavam no lugar errado?



FIM DA PARTE 2

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